ENTREVISTA - JORNAL DE JOVENS

Nome: Cláudia Sofia Faia Miranda Ferreira
Data de nascimento: 18/12/1981
Cor favorita: azul
Estilo de musica: música que dá na rádio
Filme preferido: “Evita”
Livro preferido: “Maktub” de Paulo Coelho
Frase preferida: “Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.” - Lavoisier
Maior qualidade: não cabe a mim responder
Maior defeito: também na cabe a mim responder
Site: http://catequesefornelo.blogspot.com/

P: Ser catequista foi uma vocação que nasceu contigo ou foi incutido na tua educação para que quando crescesses o seres?

R: Ser catequista foi uma vocação que nasceu comigo, e ao mesmo tempo foi “cultivada” na minha educação.
O facto de ter um tio-avô padre fez com que a minha educação fosse a de um católico praticante. Desde muito pequenina que me lembro de participar na eucaristia todos os domingos e às vezes até durante a semana. Mais tarde comecei a frequentar a catequese e quando já não tinha colegas para continuar a caminhada catequética, passei a ser auxiliar de catequista, tornando-me mais tarde catequista. No entanto, se a vocação não nascesse comigo acredito que hoje não seria catequista, apesar de continuar a ser uma católica praticante.


P:
Para ti o que é ser catequista? E quais os teus objectivos como tal?

R: Para mim ser catequista, é ser mensageira de Jesus, quando Jesus subiu ao céu disse aos seus discípulos: “Ide por todo o Mundo e anunciai o Evangelho…” nós catequistas, como actuais discípulos de Jesus, temos como missão continuar a pôr em prática o seu pedido levando aos mais novos a sua mensagem.
O meu principal objectivo é ajudar na formação da fé das crianças e adolescentes da nossa paróquia. No entanto, esta missão não é nada fácil, principalmente quando olhamos à nossa volta e nos apercebemos das coisas que tendem a tirar as crianças e os adolescentes do caminho de Deus.

P: Gostarias que os pais dos alunos da catequese participassem mais na Igreja?

R: Sim, gostava que os pais participassem mais na Igreja. Se os pais participassem mais na Igreja, tínhamos na nossa paróquia um maior número de cristãos praticantes, e como as crianças e adolescentes são educados essencialmente pelos seus pais, neles seria incutida uma educação crista mais verdadeira.

P: Também conquistas-te o cargo de coordenadora das catequistas, tendo sido o Padre António a nomear-te consideras uma prova de confiança da parte dele?

R: O cargo de coordenadora das catequistas nunca foi um cargo pelo qual eu ansiei, pois é preciso ser muito responsável e ter alguma disponibilidade, O Padre António ao nomear-me apanhou-me de surpresa, no entanto, aceitei porque achei que se ele me nomeou como coordenadora de catequistas é porque confiava em mim e acreditava que eu era capaz de o desempenhar bem.

P: Quais eram os teus objectivos quando assumistes este cargo?

R: Quando aceitei o cargo de coordenadora das catequistas não sabia bem quais as tarefas que teria que desempenhar nem quais os objectivos que deveria alcançar.

Hoje, depois de quase três anos a ocupar este cargo tenho desempenhado algumas tarefas que têm como principais objectivos: uma maior dinamização das sessões de catequese, a aquisição de recursos didácticos (datashow, computador, fotocopiadora, livros, etc.) que auxiliem essa dinamização e a centralização e difusão da informação relativa à catequese.

P: Para ti o “trabalho” como coordenadora das catequistas tem dado frutos? Achas que as outras catequistas e o nosso pároco estão satisfeitos?

R: Sim, na minha opinião o meu “trabalho” como coordenadora das catequistas tem dado alguns frutos, contudo, acho que ainda pode dar mais.

Em geral, acho que as outras catequistas e o nosso pároco estão satisfeitos com o meu “trabalho”. Até hoje, ainda ninguém me revelou desagrado com o meu trabalho, no entanto, estão sempre a tempo de o fazer. Caso alguém não esteja satisfeito com o meu trabalho, agradeço que me comunique para que eu possa corrigir os meus erros, ninguém é perfeito.

P: És organista do coro de sábado, como preparas os cânticos para a eucaristia? E os ensaios?

R: É verdade, além de catequista também sou organista do grupo coral de Sábado, mas como somos três organistas só toco de três em três semanas. Normalmente, na semana em que sou eu a tocar faço um ensaio mais ou menos a meio da semana e chego à igreja cerca de 30 minutos antes da eucaristia para relembrar os cânticos.

Para que a escolha dos cânticos seja de acordo com a liturgia do dia, costumo ler as leituras e o evangelho do dia e consultar a secção das sugestões de cânticos do Jornal “Voz Portucalense”. Assim sendo, faço uma pré-selecção dos cânticos a entoar nos vários momentos da eucaristia e preparo o ensaio.

P: Como consegues conciliar a catequese e o coro com a tua vida privada?

R: Sempre ouvi dizer que: Deus dá-nos o tempo de graça, nós só temos que o saber gerir. Com um bocadinho de organização e de compreensão das pessoas que me são mais próximas tudo é possível.

Como já referi, o grupo coral só me ocupa mais algum tempo de três em três semanas, quando sou eu a tocar, nas restantes semanas só necessito de despender de uma horita para ir ao ensaio.
No que diz respeito à catequese, é claro que lhe dedico mais tempo, pois faço catequese com dois grupos (6º e 9º anos). Assim sendo e apesar de ter uma auxiliar de catequese que me ajuda com o 6º ano, tenho que preparar adequadamente as sessões de cada semana para que a mensagem seja bem transmitida e surta os efeitos desejados. Em relação à coordenação da catequese, as tarefas surgem com menos frequência e ocupam-me menos tempo.

No entanto, como já referi, com alguma organização e boa vontade tudo é possível. Importa ainda salientar que nunca senti necessidade de deixar de ser catequista ou de desempenhar qualquer outra função na Igreja por causa de não ter tempo para a minha vida privada.

2 comentários:

Anônimo disse...

É a primeira vez que vejo entrevistarem uma catequista.
Já vai sendo tempo de lhes darem importância. E, pelo que li, esta catequista é uma catequista "a sério".
Parabéns pela entrevista e obrigada por seu testemunho.
Beijos, Celina

Gilberto Guimarães disse...

Como um catequista pode gostar do Livro de Paulo Coelho um mago ou bruxo.


Gilberto Guimarães